quarta-feira, 22 de julho de 2009

Doze anos depois:assumir propósitos

Carlos A.P.Ramos

Vale a pena recuar doze anos e recordar, em síntese, como aconteceu a vitória do PSD no Barril de Alva, nas eleições Autárquicas de 1997. E como o PS as perdeu, comigo como “cabeça de lista”…
Em resumo: nesse ano, a contagem final dos votos mostrou um empate entre o PS e PSD. Depois de várias peripécias e recontagens (?) dos boletins colocados na urna, o PSD ganhou pela diferença mínima: um voto!
Curiosamente, a redacção da acta do acto eleitoral foi feita a meio da tarde – muito antes da hora do fecho das urnas! – por sugestão do candidato vencedor, “…para não se perder tempo depois…” – disse.
Os representantes do PS, de boa fé, acederam...
O povo, que esperava pelo anúncio dos resultados no exterior da secção de voto, ao saber de várias tropelias, barafustou, mas tudo ficou pelos palavrões do costume – e ainda bem!
...
Quatro anos depois, nas eleições seguintes, como o PS não apresentou lista, o presidente da Junta de Freguesia, e candidato pelo PSD a novo mandato, num gesto de duvidosa simpatia, convidou-me para fazer parte da sua lista, “oferecendo-me” o quarto lugar, que daria direito a presidir à Assembleia de Freguesia. Obviamente, recusei a “gentileza”, acrescentando que talvez um dia voltasse a ser candidato, se para tal recebesse convite do partido onde milito (o que acontecera nesse ano e nos seguintes) e, como sempre fizera, a escolha das pessoas que haviam de me acompanhar seria da minha responsabilidade…
...
Num dos últimos meses do ano passado, 2008, o presidente da Comissão Política do Partido Socialista, convidou-me a reflectir sobre a hipótese de voltar a ser candidato. Redondamente, disse não (a minha saúde não aconselhava grandes emoções…), mas mostrei disponibilidade para colaborar, como sempre fiz, na composição da lista do PS.
Foi com a intenção de ser solidário com o meu Partido, que certo dia, nos finais de Outubro, convidei um dos meus amigos e companheiro de outras “lutas” politicas e associativas a encabeçar a lista do PS que havia de concorrer às eleições de Outubro deste ano. Recebi como resposta “ … não te metas nisso…” (a frase foi acrescida de outros termos, irrelevantes para a estória).
Se eu não estava interessado no convite do PS e o meu amigo também não, por uma questão de lealdade, abeirei-me da senhora que quatro anos antes, a meu convite, encabeçara a lista do Partido Socialista, e sondei a possibilidade de voltar ser “cabeça de lista” pelo mesmo. Frontalmente, disse-me que tinha sido convidada pelo PSD e que, justificando a decisão, aceitara fazer parte da lista deste Partido, liderada pelo actual presidente da Junta; ela ocuparia o segundo lugar, e o meu amigo e companheiro de outras “lutas” políticas e associativas (a quem antes fizera o convite), o terceiro! Fiquei, naturalmente, estupefacto com as “voltas” a que a vida sujeita alguns de nós – sobretudo as “voltas e reviravoltas” de cariz político/partidário.
Os motivos que levaram a senhora a aceitar o convite, só a si dizem respeito.
Em relação ao meu amigo (que não deixou de o ser pelo facto de ter seguido outros caminhos e preferir outra companhia política…) e companheiro de outras “lutas” políticas e associativas, igualmente lhe dizem respeito as decisões por si assumidas.
Igual tratamento intelectual é devido ao actual presidente da Junta de Freguesia e novamente candidato pelo PSD: só a si dizem respeito as decisões que o levaram a prescindir da secretária e do tesoureiro que o acompanharam nas últimas gerências, certamente a seu contento, preferindo desta vez escolher para a sua equipa elementos que, curiosamente fizeram parte da lista do Partido Socialista há quatro anos e, como tal, tinham assento na Assembleia de Freguesia…
Todavia, a maior surpresa, durante a conversa com a senhora, veio a seguir, e resumo-a em duas linhas. Disse ela:
- “Depois da “vitória” (?) do PSD, meses depois o senhor presidente da Junta, pede a exoneração do cargo, porque anda muito cansado, e eu assumo a presidência da Autarquia”!
...
Para que a “ minha surpresa” tivesse resposta condigna a seu devido tempo, nesse preciso momento decidi que seria “cabeça de lista”, aceitando o convite do meu Partido, e disso dei conta ao doutor Miguel Ventura, candidato do PS à presidência da Câmara Municipal de Arganil!
Estávamos em Novembro de 2008.
Em oito dias, depois de contactar pessoas que me merecem total respeito e confiança, capazes, e que partilham os mesmos ideais de verticalidade e transparência – algumas com experiência de liderança autárquica e associativa – reuni um grupo de doze barrilenses, a que se juntaram, posteriormente, mais três.
É na liderança deste grupo que me assumo candidato à Junta de Freguesia da terra onde nasci, sob o lema

= FAZER MAIS E MELHOR PELO BARRIL DE ALVA =

2 comentários:

  1. se eu vive-se no barril seria a primeira a votar em si lhe garanto mas como nao sou fica a força e com toda a certeza que ganha-rá desta vez... um abraço

    ResponderEliminar
  2. Lendo este artigo fico sem palavras,ja nao se pode comfiar en ninguen.Dessa senhora que fala,nao ha nada a fazer ja nasceu assim.Agora desse senhor que tambem conheco,estou realmente admirado,Mas amigo Carlos a junta sera sua porque o povo nao anda a dormir.

    E todos os barilensses que se prezem vao votar em si,,,,,porque os Barrilenses sao assim........forza amigos

    chico

    ResponderEliminar