domingo, 2 de agosto de 2009

Dia de feira



Vão difíceis os tempos para feirantes e clientes, "não há dinheiro", lamentam-se uns e outros, "o tempo não ajuda", desabafou um "miranda" - aquele que mira e... anda.
Para um dos mais antigos vendedores, oriundo dos lados da Ponte das Três Entradas, estes encontros comerciais fazem pouco sentido, "venho pela tradição e nada mais; tirando a feira de Novembro, é quase sempre assim, não aparece ninguém". Na tasquinha, ainda se juntam os amigos para dois dedos de conversa e umas febras, assadas na hora.
Carlos eram dois, na companhia do "Quim".
- A carne é minha, pago eu - disse o "Quim "- o resto é da vossa conta, a vida custa a todos.
Cheguei tarde para o "mata-bicho", mas a tempo de trocarmos opiniões sobre a "terra", o Carlitos ainda falou da "sua" Cerdeira (por adopção) e cada um foi à sua vida, porque era meio dia.

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